Artigo

O que é osteotomia?

A osteotomia é um tratamento amplamente usado e indicado na ortopedia visando devolver a mobilidade do joelho, seja para condições congênitas, que surgem logo ao nascer, ou mesmo por ocorrências adquiridas, devido aos anos e hábitos.

Entretanto, cada caso é avaliado cuidadosamente, para garantir que o paciente tenha o melhor resultado a partir de um tratamento eficaz, que devolva a qualidade de vida e oferece um conserto do problema que foi diagnosticado.

O que é?

A osteotomia é um procedimento que envolve o corte ósseo. Do grego, ósteo é osso e tomia é corte. Portanto, esse tratamento é cirúrgico e envolverá o corte nos ossos da área que será tratada.

Geralmente, a osteotomia é indicada para a correção do chamado “joelho torto”, um problema decorrente de um desalinhamento evolutivo da artrose. Mas também podem envolver outras regiões do corpo, como cotovelos, e outros diagnósticos.

Cabe destacar que o principal objetivo desse procedimento é garantir que a pressão na área seja aliviada, para corrigir o problema.

Entretanto, também é um procedimento usado para dar acesso cirúrgico, como nos casos onde é preciso retirar um osso, reconstruir ligamentos e colocar próteses.

Portanto, pode ser indicada para várias áreas do corpo humano e diversos fins, inclusive para correção de problemas mandibulares ou no sistema nervoso central.

Como a osteotomia é feita

Em resumo, a osteotomia é um tratamento cirúrgico que envolve o corte de ossos, sendo que o joelho é uma das áreas mais comuns para tal. Assim, surge a dúvida de como o procedimento acontece.

Neste caso, cada caso é avaliado cuidadosamente para definir quais são as necessidades e possibilidades, considerando condição, diagnóstico, recuperação e outros fatores.

Nos joelhos, o corte ósseo pode ser feito diretamente no fêmur ou na tíbia.

Quando realizado na tíbia, o procedimento é chamado de osteotomia desvarizante proximal, sendo comum em casos de joelho torto ou varo, entre outras deformidades.

De acordo com o problema do paciente, após o corte é feita a retirada ou adição óssea, através de enxertos, para consolidar o osso e garantir o alinhamento.

Também são inseridos parafusos e placas para estabilização durante o processo de cicatrização da cirurgia.

Nos casos em que a osteotomia é usada como via de acesso, os ossos são cortados para que o cirurgião consiga alcançar as estruturas necessárias, como coração e pulmão.

Justamente por isso, o procedimento é realizado com diversos fins, incluindo correções.

Nos joelhos, o procedimento é realizado, principalmente, com foco em corrigir a angulação do membro e garantir que o peso na articulação seja distribuído de forma igualitária.

Indicação e contraindicações

Os procedimentos cirúrgicos são avaliados a partir de cada caso, considerando as especificadas do paciente e como é possível oferecer um tratamento e recuperação adequados.

Justamente por isso, a indicação da osteotomia envolve a análise completa do quadro, incluindo o grau do problema, idade, peso, recuperação, deformidade e intensidade do problema.

Em resumo, indico a osteotomia quando o paciente está em condições saudáveis, garantindo uma recuperação mais rápida e melhorias gerais na vida.

Não à toa, é um procedimento mais comum em pacientes mais jovens, que apresentam melhores chances pós-cirurgia.

Por outro lado, quando os pacientes apresentam outros problemas de saúde, debilidade ou possuem mais de 65 anos, a artroscopia e/ou artroplastia podem ser a melhor solução.

De qualquer maneira, você passará por uma avaliação completa antes que o melhor tratamento seja definido. Na dúvida, marque uma consulta e sempre procure profissionais capacitados.

Recuperação da Osteotomia

O processo de recuperação da osteotomia mudar de acordo com a região do corte e demais procedimentos realizados.

A partir disso, as cirurgias que envolvem a fixação com placas e parafusos eliminam a necessidade de imobilizadores. Por outro lado, é essencial o uso de muletas ou andadores nas osteotomias inferiores, para que membro não seja forçado ou receba sobrecargas de peso.

Da mesma maneira, é recomendada a fisioterapia desde os primeiros dias do pós-cirúrgico, para elevar a amplitude do movimento, reduzir dores e acelerar o resultado.

A recomendação de fisioterapia é direcionada para todas as cirurgias, mas principalmente em osteotomias nos joelhos, quadril e braços.

Depois de iniciar a fisioterapia, o profissional da área pode indicar o fortalecimento do membro através de novos exercícios, com treinos de equilíbrio e sobrecargas leves até que a cirurgia seja consolidada. Portanto, é gradual.

Já nos casos de fixadores externos, o pós-cirúrgico envolve cargas precoces, principalmente no uso da gaiola/ilizarov, mas também pode ser mais tardio quando o fixador é colocado de um único lado.

Em geral, a recuperação inicial se dá em doze semanas, mas o tempo total pode chegar a seis meses ou um ano, variando de acordo com a lesão.

Por exemplo, na osteotomia do joelho é esperado que o paciente consiga dobrar em até 90º após 7-10 dias, mas continue andando com muletas ou um andador para evitar o excesso de carga.

Também são indicados uso de medicamentos para recuperação e dor nos primeiros dias após a cirurgia, seguindo recomendação médica.

Se você apresenta um quadro chamado de “joelho de corredor”, marque o quanto antes a sua consulta para saber qual a gravidade do quadro, prevenir pioras e aderir a um tratamento eficaz.

Resultados

Após o tempo de recuperação e seguindo todas as recomendações médicas, espera-se que o paciente tenha uma evolução de qualidade, melhorando a qualidade de vida. Porém, o resultado é individual.

Em suma, não se trata de uma cura para a condição, como nos casos de artrose, mas de melhoria nos membros, devolução do movimento e de maior liberdade.

Justamente por isso, mesmo depois da cirurgia, alguns pacientes ainda podem sentir dores na região ou precisar de uma prótese futuramente, quando o desgaste continua a ocorrer.

De acordo com pesquisas médicas, em torno de 30% dos pacientes que realizam a osteotomia de joelho vão realizar outro procedimento, como a colocação da prótese, dentro de 10 anos.

Assim, a cirurgia pode atrasar a colocação da prótese, devolver a sua mobilidade e permite que você retorne as principais atividades com mais eficiência.

Em caso de dúvidas ou outras opções de tratamento, agende a sua consulta e acompanhe as redes sociais para saber mais.

Skip to content